sexta-feira, 28 de abril de 2006

O IDE que vem de Espanha

A. Palhinha Machado, regente de cursos de pós-graduação no ISFB e consultor, escreveu na Economia Pura (Abril 2006) que "o investimento directo estrangeiro é uma benção".
Preocupam-no duas coisas: é escasso e vem em grande parte apenas de Espanha.

Segundo A. Palhinha Machado, a lógica do IDE espanhol centra-se na identificação de novos clientes para a sua oferta, tirando partido da contiguidade territorial e das afinidades culturais. O objectivo passa por marcar uma presença como forma de evitar que investidores de outros países se estabeleçam em Portugal para melhor cobrirem, a partir daqui, o mercado ibérico. Assim, consegue-se aumentar a concorrência no lado espanhol.

O autor do artigo "O IDE que vem de Espanha", escreveu: "Procurar novos mercados para a produção própria é uma estratégia que faz todo o sentido, seja qual for o país. Foi ela, aliás, que, a partir do séc.XVIII, animou a expansão colonial europeia. É ela que anima os empresários espanhóis, desde o início: vêm para cá em busca de compradores para o que produzem. O que faz sentido redobrado, uma vez que podem levar a cabo esta estratégia com custos excepcionalmente baixos: nem grandes distâncias a vencer, nem o obstáculo insuperável da língua; nem a perspectiva de competidores poderosos e agressivos a defenderem o seu terreiro natal; nem a sombra de reguladores sagazes ou de supervisores atentos. Uma mão cheia de vantagens..."

A construção da UEM - União Económica e Monetária possibilita e incentiva esta estratégia e o IDE é desejável, uma vez que ele é indicador do nosso desenvolvimento.

domingo, 23 de abril de 2006

Blaupunkt Portugal vale muito

O Semanário Económico anuncia que a Fábrica de Braga da Blaupunkt vai começar a produzir sistemas de navegação jé em 2007.
A Blaupunkt Portugal, segundo o SE, vale 31% do volume de negócios do grupo. Esta subsidiária do grupo obteve no ano passado um volume de negócios de 456 milhões de euros. As duas unidades de produção situadas em Braga e em Vila Real são as que empregam mais pessoal em todo o mundo e tiveram o melhor ano da sua história. Só a unidade de Braga fabricou, em 2005, mais de 5 milhões de auto-rádios.
Ainda, segundo o SE, a marca alemã faz parte das dez empresas que mais exportam no nosso país.

sexta-feira, 21 de abril de 2006

Missão comercial da Galiza em Portugal

A revista Actualidade Economia Ibérica dá destaque a uma missão comercial de empresas galegas promovida pelas Câmaras Oficiais de Comércio e Indústria e Navegação da Corunha e Vigo em várias cidades portuguesas.
Foram mais de uma dúzia as empresas galegas de vários ramos de actividade (conservas, construção, azeites, etc.) que participaram nesta missão que teve início no dia 20 de Março, tendo terminado quatro dias depois.
As empresas em questão realizaram várias reuniões com congéneres portuguesas ao longo de quatro dias de trabalho.

sexta-feira, 14 de abril de 2006

O Pacto de Estabilidade

Gustavo Cunha (Prémio, Abril 2006), afirma que "é cada vez mais generalizada a ideia de que o Pacto de Estabilidade limita o crescimento económico europeu." Aliás, Gustavo Cunha refere que este é "o Pacto para a Estagnação".
Eis alguns dados divulgados na Prémio, acerca do crescimento entre 1999-2005:

  • EUA: 3,00%
  • Japão: 1,26%
  • Zona Euro: 1,94%
  • Portugal: 1,50%
O PEC foi, entretanto, reformado em 2005 e assim, nos dias de hoje, há lugar para uma maior subjectividade em torno do mesmo. Se o novo PEC proporcionará melhores resultados, só a partir de 2009 poderão ser avaliados. O novo PEC (PEC2) apresenta como factores de diferenciação essenciais relativamente ao PEC1 (1997) as seguintes variáveis:

  • Manutenção dos limites de 3% e 6% para o défice e dívida pública, respectivamente;
  • Os ciclos económicos e as taxas de crescimento potencial passam a ser tidas em conta na análise da situação orçamental;
  • Distinção entre os diferentes tipos de despesa quando o défice é marginalmente superior a 3%;
  • Ênfase à sustentabilidade das Finanças Públicas.

quinta-feira, 13 de abril de 2006

Vamos para Angola

O Semanário Económico, na sua última edição, dedica duas páginas à visita que membros do Governo e Empresários portugueses fizeram a Angola e avança com a informação que, de facto, se está a estimular a internacionalização das empresas.
Os empresários estão disponíveis para investir em Angola, "reconhecem o empenho do Governo português nesta nissão a Angola, mas estão conscientes que o sucesso dos seus investimentos depende da iniciativa privada".
O SE destaca alguns casos: a Martifer investe 12 milhões numa nova unidade de produção, a Lusiaves também prevê começar a produzir em Angola tal como a Compal que em Maio já prevê ter uma linha de produção pronta para funcionar.
Registamos aqui os números da nova relação entre Portugal e Angola, anunciados pelo SE:

  • 300 milhões de dólares é o valor da linha de crédito acordada entre os dois governos;
  • 7 voos por semana é quanto a TAP espera realizar entre Lisboa e Luanda em 2007;
  • 20 balcões é quanto o Millenniumbcp deseja ter em Angola, em 2007;
  • 750 colaboradores trabalham com o BPI em Angola (apenas 7 são portugueses).

terça-feira, 11 de abril de 2006

Para onde vai o dinheiro do petróleo?

"Argélia: para onde vai o dinheiro do petróleo?", eis o título de um artigo publicado na última edição do Le Monde Diplomatique (edição portuguesa) pelo jornalista Jean-Pierre Séréni.
É um artigo onde o autor faz uma reflexão com o objectivo de tentar explicar alguns paradoxos: "recursos petrolíferos a jorros, um país cada vez mais rico, uma população cada vez mais pobre".
Na opinião de Jean-Pierre Séréni o problema do país não está na ausência de dinheiro para relançar a economia mas em "utilizar melhor os inesperados recursos", ou seja, não desperdiçar os recursos disponíveis.
A Argélia regista hoje uma situação financeira equilibrada e a dívida externa já não é uma preocupação. Possui petróleo e vários produtos para exportação, tal como diversas parcerias com empresas estrangeiras, refere o autor.
Apesar disso, verifica-se uma grande fosso entre a riqueza proveninente do petróleo e a vida das pessoas. Há "cortes de estradas, ocupações ou incêndios de edifícios públicos, , sequestro de oficiais eleitos e de funcionários públicos, manifestações violentas que se tranformam frequentemente em motins ... falta de água, corrente eléctrica, habitações, trabalho, esgotos ... "
Por outro lado, segundo Jean-Pierre Séréni verifica-se uma "ausência de quadros qualificados e competentes".
A questão seguinte é colocada claramente: "Por que razão é a Argélia rica e os argelinos pobres?"


segunda-feira, 10 de abril de 2006

"Globalização: O fim de uma era?"

Susana Silva, doutoranda na University College Dublin, na Irlanda, afirma num artigo publicado na Marketeer que "o fenómeno da globalização começa a apresentar os primeiros sinais de enfraquecimento, e tudo indica que o nacionalismo se tornará na tendência dominante num futuro próximo. A falência do modelo económico subjacente à globalização é, na opinião de muitos economistas, manifesta no aumento do diferencial de riqueza entre ricos e pobres verificado no último século".

terça-feira, 4 de abril de 2006

Hovione: exemplo de inovação

A Prémio publicou no dia 24 de Março um excelente Case Study no domínio da inovação. Trata-se da farmacêutica Hovione, empresa que comercializa toda a sua produção no mercado internacional. É uma referência em matéria de investigação e desenvolvimento.
Eis alguns dados acerca da empresa avançados pela Prémio:

  • € 65 milhões foi o volume de negócios em 2005;
  • a empresa tem 645 colaboradores provenientes de 10 países;
  • os trabalhadores têm em média 36 anos;
  • 100% da produção destina-se ao mercado externo;
  • a empresa é o 7º maior investidor em I&D de Portugal;
  • o tempo de maturação de um produto é 9 anos.
A Hovione está na vanguarda da ciência da saúde.

Clique aqui para saber mais.

segunda-feira, 3 de abril de 2006

ONU combate info-exclusão na Sociedade da Informação

Luís Brites de Sousa, num texto publicado na revista connect (Março de 2006) fala do último World Summit on the Information Society (WSIS) que se realizou em Novembro de 2005, em Tunis (Tunísia).
No WSIS, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) assumiram uma importância vital. A connect refere que "políticos e líderes de mercado e da indústria reconhecem que o desenvolvimento global depende do acesso a meios de informação, de comunicação, a conteúdos e conhecimento".
As principais linhas de orientação do WSIS que poderão criar condições priviligiadas para o crescimento do sector das TIC constam do referido texto tal como a identificação de oportunidades e desafios actuais, mercados e negócios emergentes.
Registamos aqui apenas mais uma nota: "A cooperação entre as entidades governamentais competentes revela-se fundamental".

(mais informações)