sexta-feira, 28 de abril de 2006

O IDE que vem de Espanha

A. Palhinha Machado, regente de cursos de pós-graduação no ISFB e consultor, escreveu na Economia Pura (Abril 2006) que "o investimento directo estrangeiro é uma benção".
Preocupam-no duas coisas: é escasso e vem em grande parte apenas de Espanha.

Segundo A. Palhinha Machado, a lógica do IDE espanhol centra-se na identificação de novos clientes para a sua oferta, tirando partido da contiguidade territorial e das afinidades culturais. O objectivo passa por marcar uma presença como forma de evitar que investidores de outros países se estabeleçam em Portugal para melhor cobrirem, a partir daqui, o mercado ibérico. Assim, consegue-se aumentar a concorrência no lado espanhol.

O autor do artigo "O IDE que vem de Espanha", escreveu: "Procurar novos mercados para a produção própria é uma estratégia que faz todo o sentido, seja qual for o país. Foi ela, aliás, que, a partir do séc.XVIII, animou a expansão colonial europeia. É ela que anima os empresários espanhóis, desde o início: vêm para cá em busca de compradores para o que produzem. O que faz sentido redobrado, uma vez que podem levar a cabo esta estratégia com custos excepcionalmente baixos: nem grandes distâncias a vencer, nem o obstáculo insuperável da língua; nem a perspectiva de competidores poderosos e agressivos a defenderem o seu terreiro natal; nem a sombra de reguladores sagazes ou de supervisores atentos. Uma mão cheia de vantagens..."

A construção da UEM - União Económica e Monetária possibilita e incentiva esta estratégia e o IDE é desejável, uma vez que ele é indicador do nosso desenvolvimento.

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